domingo, 21 de maio de 2017

O Julgamento dos mortos

   Contanto que a família cumprisse meticulosamente os ritos funerários, a alma iria pelo menos até ao Tribunal do Mundo Inferior. Previamente, muitas das palavras mágicas utilizadas em papiros funerários tinham por objetivo abrandar os deuses invocados, também por meio da lisonja.
    No tribunal: Antes do início do julgamento, era entregue ao falecido o “Livro dos Mortos”, onde obtinha as devidas orientações de seu comportamento durante a sessão a ser realizada. Para que recebesse a aprovação das divindades, era necessário que o julgado não tivesse cometido uma série de infrações, como roubar, matar, cometer adultério, mentir, causar confusões, manter relações homossexuais e escutar as conversas alheias. No ápice do julgamento, Osíris pesava o coração do falecido em uma balança.

Resultado de imagem para tribunal dos mortos egípcios O Julgamento de Osíris

O ritual de mumificação

   A mumificação era muito utilizada pelos egípcios para a preservação dos corpos, pois acreditavam que suas almas voltariam para buscar os objetos em seu túmulo.
  Vou contar agora esse processo, em detalhes:

  • Lavava-se o corpo a ser mumificado com água do Nilo;
  • Incisão para retirada do fígado, pulmões, estômago e intestinos;
  • Eram colocados em recipientes: os Vasos Canópicos.
Resultado de imagem para Vasos canópicos egipciosVasos Canópicos

  • Preenchimento do corpo com especiarias e resinas, e a partir do Império Médio usava-se mais bolas de linho;
  • Retirada do cérebro através das narinas e preenchimento desta parte com linho ou lama;
  • O preenchimento com linho tinha o objetivo de manter as formas intactas, pois acreditavam que se elas se desintegrassem o Ka (personalidade) também se desintegraria;
  • O coração não era removido, pois acreditavam ser a sede da inteligência;
  • O corpo então era conservado em óleos preciosos e resina, porém, mais tarde, esse tratamento era feito apenas em pessoas mais consideradas e em faraós;
  • O método mais barato, usado com outros, era embeber em sal ou cal viva;
  • Colocavam-se amuletos no corpo, sendo o mais importante o escaravelho, posicionado sobre o coração, que tinha por objetivo a ressurreição para a vida eterna;
  • O corpo era então envolvido em faixas de linho e posto em um caixão.
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    Acreditava-se que todos os materiais aplicados na mumificação tinham nascido das lágrimas derramadas pelos deuses com a morte de Osíris, e o seu uso nos ritos de embalsamento conferia, ao morto, o poder desses deuses.

segunda-feira, 1 de maio de 2017

Anúbis

    Sobre: deus egípcio dos mortos e moribundos, guiava e conduzia as almas dos mortos no submundo. Era representado com uma cabeça de chacal, ou as vezes de um cachorro. A menção mais antiga de Anúbis está nos Textos das Pirâmides do Império Antigo, onde frequentemente é associado com o enterro do Faraó. Na época, Anúbis era o deus dos mortos mais importante, porém, durante o Império Médio, Osíris passou a ter a função de deus primordial dos mortos, enquanto Anúbis tinha funções menores.
    Família: esposo de Anput e pai de Kebechet; filho de Néftis com Osíris (depois de uma briga com Seth).
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Acima, Anput (esquerda) e Anúbis (direita).
Resultado de imagem para kebechet Ao lado, Kebechet, filha de Anúbis e Anput.